Desculpe o transtorno, mas não precisamos falar sobre

terça-feira, 13 de setembro de 2016


O Gregório Duvivier zerou a internet outro dia ao escrever um texto para sua ex-namorada, Clarice. Foi o suficiente para surgirem vários posts, memes, piadas, declarações, mais textões e claro, críticas.

“Desculpe o transtorno” causado por Gregório, ao que tudo indica, foi uma jogada de marketing para o lançamento do seu filme. Sendo ou não, achei assustador e não desejei ser/estar na pele da Clarice.

Diz o bom e velho ditado popular que se ex fosse bom seria presente e eu defendo isso. Vivemos, foi bom, mas ficou lá atrás. Talvez guardado numa caixinha especial, daquelas que escondemos no fundo do baú para não vermos mais.


 Admiração e respeito, talvez, sempre existirão e isso é saudável, até. Mas, sentir falta, da forma que está exposto ali – repito - é assustador.

Não sinto falta do que ficou lá atrás. Gosto do presente e tenho receio do futuro. Meu passado não me atrai (e posso dizer até que nem me orgulha). Já o presente me desafia e é nele que eu foco.

Me desafia combinar um almoço, chegar em casa, não ter nada pronto, eu ficar chateada e perder a razão.

Desafia marcar às 18h e chegar às 19h30 porque fiquei presa numa reunião.

Me agrada a ideia de começar uma academia, mesmo não sabendo ao certo quando devo começar (mas tenho que começar).

Me anima saber que por mais que o dia tenho tido 48 horas, no fim das contas tudo vai estar bem.

Mas o que me deixa muito contente é saber que posso falar disso tudo no presente e não no passado, porque eu não perdi, não deixei passar,

Ainda...

Mas, sobre isso, não precisamos falar.