Há dois dias, as redes sociais
foram invadidas por um vídeo seguido da legenda: “o comercial de Natal que está
emocionando o mundo”. Nele aparece um senhor solitário preparando sua própria
ceia de natal enquanto observa seus vizinhos comemorando em família.
Ali, num grande vazio, ele passa
os dias... sozinho. Ao mesmo tempo em que o vídeo mostra seus filhos em
diferentes lugares do mundo recebendo uma notícia: a morte do pai.
Mas, por que esse comercial de
Natal de uma rede de supermercados da Alemanha nos leva às lágrimas? Eu, por
exemplo, já assisti umas três vezes e chorei em todas, alias, estou chorando
agora que precisei rever para escrever esse texto.
Emociona-nos, talvez, pelo fato
de todos nós nos identificarmos com essa cena. Quantas vezes saímos de casa
apressados para o trabalho e na correria do dia a dia, não temos tempo para uma
ligação, para uma visita ou para alguns minutos de conversa?
Estamos sempre atrasados para
alguma coisa e no fundo esquecemos o principal. Os vínculos que criamos e o
real motivo de estarmos aqui. Emocionamo-nos com o comercial, porque sentimos
culpa. Porque a maioria de nós tem um “velhinho” em casa solitário nos
esperando. E nos emocionamos também, por medo, porque amanhã poderemos ser o
velhinho solitário querendo apenas uma companhia... não apenas na noite de
Natal...
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