Dez dias

sábado, 6 de junho de 2015






Dez dias. 

É o tempo que deveríamos nos permitir sofrer.

Se a vida tivesse uma manual, o prazo de dez dias estaria inserido no capítulo dos "Amores não vingados", aqueles que duraram uns dias, uma semana, um mês.

Capítulo XXV - Amores Não Vingados

"FICA DECRETADO QUE AMORES NÃO VINGADOS, AQUELES QUE DURARAM ENTRE UMA SEMANA E UM MÊS NÃO DEVEM MACHUCAR, FAZER SOFRER, OU TORTURAR.

PRAZO PARA SUPERAÇÃO: DEZ DIAS CORRIDOS (INCLUINDO FIM DE SEMANA E FERIADOS)"

Dez dias seriam o suficiente bastante para sentar, chorar, sofrer, se questionar, levantar a cabeça, aceitar e continuar. Como manda o figurino. Sem choro, sem dor e sem arrependimento. Deu certo, mas acabou. Seja forte e siga.

O problema é que a vida não tem um manual de uso e quando nos vemos vivendo o "Amores não vingados", choramos, sofremos, queremos matar, queremos morrer. E dói como se uma semana tivesse sido um ano. Um mês machuca como se tivesse sido uma década.

Mas em dez dias tudo muda. Ouvi relatos que a dor de um certo amor foi curada em um dia, após um amor não vingado. Sei que muitos de vocês vão dizer: "então não era amor". Era, acreditem em mim!

Então vai uma dica: Se permitam viver um novo, um próximo, um outro. Cada vez mais e de forma intensa. E se não vingar,  dez dias talvez sejam o suficiente para conhecermos nossa força. Nosso amor próprio.