O verbo "perder" na 1ª pessoa do pretérito

domingo, 2 de novembro de 2014



Eu perdi. E não foi num jogo qualquer. Foi no jogo do coração. O bendito coração que vem brincando comigo sem se importar com as consequências. 

Perdi e essa não foi a primeira vez. Aliás, essa última já foi tão insignificante que doeu menos. Nem chorei. Isso talvez seja algo bom. Talvez represente uma certa maturidade. 

Mas para ser sincera, é muito difícil ser uma mulher madura. Acho que o mais difícil do que "ser" é "aparentar", mas isso tenho dominado bem. Dou até conselhos. 

Nós não estamos preparados para perder. Alguém nos ensinou a jogar para ganhar, eu já não tenho certeza quanto a essas vitórias e tenho feito o "melhor do que sou capaz só pra viver em paz". 

Às vezes dá uma dorzinha no peito e uma sensação de fracasso, mas como fracassar por algo que nunca foi seu?

Não tenho explicação para muitas coisas, mas eu defendo  a ideia de que " se não posso ser o motivo da sua felicidade, não serei o motivo da tristeza".

Afundo minhas amarguras "num copo de bebida, num cigarro ou numa droga qualquer" (ouvir sertanejo está valendo)

Já que eu não tenho você!