Um link, um texto, uma dedicatória. Recebi uma mensagem hoje em que dizia: "achei esse texto sua cara". Cliquei no link e entre reuniões, entrevistas, textos e discussões no trabalho, consegui parar para ler. Ele se chama "Para uma avenca partindo", mas se fosse meu se chamaria "Antes do ônibus partir". Eu também tinha um monte de coisas para dizer antes de partir. Umas eu falei e outras... acabei partindo sem falar.
Esse é um dos textos mais perfeitos que já li e sim poderia ter sido escrito por mim, ou dedicado a mim. Aliás, Soraya Labaki, você não estava enganada, você acertou em cheio. É a minha cara. E deixa eu te falar, você não sabe, mas há alguns dias, ouvi algo que me lembrou esse texto do Caio F Abreu. E quem me disse falou antes do ônibus partir. Não bem um ônibus. Metáforas, sim, é chatíssimo falar por metáforas. Acho que o em "Para uma avenca partindo" só faltou dizer que "você não passa segurança", como eu ouvi, mas que pode ser substituído perfeitamente pelo "porque existem coisas terríveis, eu me perguntava se você era capaz de ouvir".
[...] "Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?" [...]
Para uma avenca partindo
Texto completo: http://pensador.uol.com.br/frase/NzU3NzE2/
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