Poderia citar Lispector, Pessoa ou ainda Medeiros, mas decidi eu mesma escrever. Escrever sobre o óbvio, sobre tudo que já foi dito, sobre tudo que já foi sentido. Escrever sobre o mim, sobre vocês, sobre eles, sobre elas, como os vejo e como me sinto.
Posso começar dizendo que tenho medos bobos e coragens absurdas, mas isso não é novidade para ninguém. Aliás, isso rende o próximo texto. Assim como também não é novidade dizer que tenho em mim todos os sonhos do mundo ou que saudade é não querer saber... no fundo, a gente sempre quer saber.
Tenho observado as pessoas, talvez até um pouco demais. E para ser sincera, me assusto. Me assusto com a ingratidão, com a incompreensão, com o "eu" cada vez mais imperativo e o lado humano, cada vez menos humano. Mas, nem tudo são lágrimas, também tenho me sentido bem vivendo experiências novas, e outras nem tão novas assim.
Esses dias olhei muito para mim, aliás, fui grosseiramente obrigada a olhar para mim. Mas saibam, isso é bom! Confesso que preciso de um freio, caso contrário me torno um nojo, então, quando encontro quem me fale as verdades na cara, assim, sem medo das consequências, eu passo a admirar. Ok, não sei ouvir críticas, não sei mesmo e assumo. Mas, elas sempre me fazem parar para refletir. Talvez, já esteja valendo algo. A verdade é dolorida, mas imagino que deva doer bem menos do que o tombo que minha tal arrogância pode causar (eu discordo que eu seja arrogante, só para constar).
Admiro quem me diz o que acha... me agrada saber o que pensam. Gosto de gente, gosto de pessoas, apesar de ter medo delas. Eu aprendo com a hipocrisia, aprendo a não ser hipócrita. Aprendo a ser do bem, me sinto muito confortável sendo justa, amiga e companheira... mas mesmo assim, alguns dirão que isso tudo não passa de conversa. E sim, o passado sempre poderá por me condenar. O que precisamos saber é aprender com os erros.
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