O que os olhos não vêem, sentimos sim

segunda-feira, 12 de agosto de 2013



O que os olhos não vêem o coração não sente? Costumo pensar que sim. Porque, por mais que tudo passe, tudo mude e os tempos sejam outros algumas coisas sempre vão doer e talvez nunca serão bem aceitas. Então o melhor de tudo isso seria de fato não procurar saber.  

Me pergunto se tudo nessa vida é superável e para ser sincera eu não sei a resposta. Muitos dirão que sim, podemos superar as adversidades, as mudanças, as novas escolhas, mas não tenho certeza, pois sempre existirão as lembranças, o passado e a história. E os sonhos a noite? Como controlá-los?Não há como explicá-los e acordar com um aperto no peito no meio da madrugada nos remeterão à perguntas que não teremos respostas e situações que de fato não queremos enfrentar.


Confesso que não tenho algumas coragens, como esbarrar no perfil da rede social e ver no status o "em um relacionamento sério com". A melhor coisa a fazer? Não ver. É, não ver, porque aí não saberemos e se não sentimos, não dói. Eu espero que seja assim. Acho que com isso chego a conclusão de que nem tudo nessa vida é superável e isso é uma droga. Martha Medeiros já diria que "a saudade mais dolorida é saudade de quem se ama" e ela mesma me ensina que só o fato de não querer saber é "saudade". 

Tenho saudade, muita saudade. Mas eu também "não quero nunca mais saber", mas ainda assim dói. E não sei explicar isso. Talvez apenas não vendo, falando, mas eu ainda não sei o que fazer com os meus dias mais compridos... 

"Não te dizer o que penso já é pensar em dizer"