Conto: Grãozinho de arroz

domingo, 24 de fevereiro de 2013


Levei um soco. Ou uma paulada na cabeça sei lá. Acho que não foi a primeira vez, mas de qualquer formar sempre que eu ouvir isso meu mundo vai cair. Não sentir "nada" é algo grave, pois eu sempre acreditei que no "fim de tudo" sempre restava um pouquinho do tamanho de um grão de arroz enterrado lá no fundo do peito de uma pessoa qualquer mesmo ciente que não há nenhum pingo de esperança. Mas foi tudo tão claro, tão violento, tão verdadeiro..."não tem nada, acabou com tudo aos poucos. Não sinto nada". Eu como uma boa mente neurótica começo a achar que de fato nunca teve, que foi tudo uma confusão e que na verdade o Amor nunca existiu. Antes fosse isso. Eu realmente queria que fosse isso, pois doeria menos ouvir que não tem nenhum grãozinho de arroz e não haveria lágrimas também.