Órbita

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015






Gostei sem ao menos conhecer, sem ao menos ver ou ouvir a voz.

Talvez essas tardes solitárias em vermelho me tragam uma necessidade de querer-te por perto, num momento certo, num planeta deserto.

Teu universo paralelo, onde as chuvas são constantes, as distâncias são gigantes e eu sem nenhum pudor, medo ou pavor enfrento com ardor.

Vou embora sem saber o quanto és bela e presa em seus mistérios, em suas demoras e em suas horas sigo para onde não estarás.

Seu planeta. Volto ao meu habitat.