Manaus, 343 anos

quarta-feira, 24 de outubro de 2012


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No dia que comemoramos o aniversário da cidade de Manaus celebramos, também, o marco do abandono e o descaso de uma metrópole esquecida no meio da selva. Em seus 343 anos, poucos temos o que comemorar na cidade que já foi pioneira no desenvolvimento social e urbano há alguns séculos. 

Acontece que não adianta colocarmos a culpa apenas em cima das administração pública, temos que parar e refletir sobre nossas ações, sobre nossas atitudes diante do desafio de contribuir para uma cidade em amplo desenvolvimento no coração da floresta Amazônica por mais clichê que isso possa soar. 

Queremos uma política de arborização, mas somos os primeiros a derrubar as árvores das calçadas de nossas casas. Queremos transporte público de qualidade, mesmo sendo os primeiros a destruir os bancos dos ônibus, a depredar terminais e paradas de ônibus. Queremos igarapés sem lixos, sendo que são nossos lixos e esgotos que são despejados diretamente neles. Queremos água na torneira regularmente para poder desperdiçarmos a vontade, tendo em vista que somos "donos" da maior bacia hidrográfica do mundo. E de quem realmente é a culpa?

Costumo dizer que mantemos a mesma ideologia do início do século, mas paro para pensar e vejo que há três séculos, no início de tudo, tínhamos uma cidade planejada dentro das suas limitações, com sistema de transporte desenvolvido e uma política de arborização, mesmo não se sabendo ao certo para que aquilo serviria. Hoje, mais de 300 anos depois, queremos mudança, mas não mudamos. Acho que está na hora de fazermos nossa parte. 

Parabéns a bela Manaus que é quase invisível no meio de problemas crônicos.