Só mais um conto

domingo, 12 de agosto de 2012


Quando eu era criança, tipo assim, aos nove anos de idade, eu queria ser autora de novela. Não sei exatamente por qual motivo, mas o fato de criar estórias sempre me atraiu. Adorava assistir novela. Passava horas e horas em frente a TV e a tarde toda vendo aquelas novelas mexicanas. Minha imaginação voava. Aos 11 anos comecei a escrever contos. Escrevia em um caderninho com arame do lado, com letras grandes e redondas. Lembro de alguns contos, alguns enredos, alguns dramas, romances. Sério, pensando aqui, eram estorinhas boas, no mínimo interessantes para sair da mente de uma pessoa nessa cidade. 

Não lembro quando parei de escrever. Sei que deixava o caderninho dentro do meu guarda-roupa que foi jogado fora junto com um monte de livros. Até pouco tempo atrás revirei as coisas aqui por casa para tentar achá-lo, mas deve ter ido pro lixo sim. O último conto que escrevi foi há uns seis anos, na faculdade. Um pequeno conto de cinco laudas, o suficiente para deixar a imaginação fluir. Também não sei onde deixei a cópia. Ah, meu TCC foi um livro reportagem, com histórias de amigos jornalistas...contos.

Gosto de contos, não é a toa que eu tenho uma paixão pelo livro "Contos de Vista" da Elisa Lucinda. É sem dúvidas o meu preferido e o tipo de texto que gosto de escrever. Há dois anos iniciei um livro. Uma ideia antiga de uma mente conturbada. Não era baseado em fatos reais, mas foi algo que sonhei e que voltei a sonhar outras vezes o mesmo sonho, por isso decidi passá-lo para um papel. Mas, roubaram meu notebook e com ele foi a única cópia que eu tinha. 

Mas, ainda este ano início, um conto que concluirei. Espero não perder o caderno, o papel, o arquivo ou sei lá o que. Tenho que escrever. Não posso ficar com essa "história" pra mim. Acho que se eu me dedicar, posso encontrar uma editora para publicá-lo. Vai ser bom e no melhor estilo Fernanda Young.  Posso adiantar a vocês que é um romance. Perigoso como o fogo e inflamável como a gasolina. Sem pudor e sem censura. Algo que tem que ser lido de forma intensa e verdadeira. Só preciso começar....