Descartáveis, nós?

quarta-feira, 18 de julho de 2012


O texto a seguir foi escrito pela Michele Freitas. Bem, ela chegou comigo e falou que estava pensando em escrever algo só para desabafar. Então eu disse: "Escreve e manda pro meu blog,ué? Estou precisando de textos mesmo". Ela fez e resultou o texto a seguir. Gostaria de saber a opinião de vcs? Verdadeiro? Machista? Louco? Mentiroso? Ou uma triste realidade? Confiram:



Hoje vivemos em um mundo de descartáveis. Além de objetos como fraldas, latas, e papeis de bombons serem descartados, as pessoas também se tornaram assim, principalmente as mulheres. Vivemos uma fase, ou não, onde a conveniência tem mais valor que o compromisso. As mulheres se tornaram objetos de prazer descartáveis, perderam o atrativo, e vivem a mercê de homens cada vez menos respeitosos.

É claro que a culpa pela infelicidade feminina não é dos homens, afinal, nas últimas décadas as mulheres puderem fazer escolhas em suas vidas. Elas puderam decidir como gostariam de viver, ou como e em que circunstância seriam mães. Elas puderam escolher ainda se o lado profissional viria antes do afetivo, e agora, a grande maioria se sente sozinha e rejeitada, com as escolhas que elas mesmas fizeram.

Em 1875, descrevendo uma utopia, Karl Marx escreveu que a sociedade ideal deveria dar às pessoas de acordo com as sua necessidade e receber delas de acordo com a sua capacidade. Talvez muitas mulheres estejam dando mais do que deveriam e recebendo menos do que precisam, em vários setores de sua vida.

O problema é que a mesma inteligência que a mulher teve para chegar tão longe, não foi o bastante para que ela se desse valor. Quanto mais a mulher avança em alguns setores, mais retroage em outros.

Quando nós mulheres passarmos a viver nossa própria vida sem esperar um salvador masculino, poderemos nos relacionar de igual para igual. Sem drama, ou frustrações, vamos entender que podemos também ser felizes em nossa solitude