A natureza amazônica revelada sobre as águas

sexta-feira, 12 de agosto de 2011


Quem chega ao Amazonas traz na bagagem a idéia de conhecer a natureza e ficar em contato direto com a fauna e a flora - principais atrativos da região Norte do País. O turista que chega a Manaus, capital do Estado, pode ter tudo isso por um preço acessível.

As dicas a seguir são, principalmente, para os turistas que querem se aventurar pelas belezas amazônicas sem gastar muito. Um passeio de lancha saindo do Centro da cidade permite ao turista conhecer os dois principais rios da região, o Negro e o Solimões, que ao se encontrarem formam o fenômeno natural Encontro das Águas; conhecem ainda uma comunidade sobre as águas (Catalão), o Lago do Janauarí, onde podem ser vistos macacos, jacarés, a bela Vitória-Régia, além de um restaurante com comidas típicas e uma feira artesanal; conhecer a maior árvore da Amazônia, a Sumaúma e ainda tirar fotos com jacarés, cobras e bichos preguiças.

O passeio começa no Centro de Manaus. Na frente do Porto Privatizado é possível encontrar agentes de viagens, na maioria das vezes, os próprios comandantes das lanchas, organizando os grupos de passeios. O valor cobrado não ultrapassa R$ 80 e o tempo do passeio é de aproximadamente cinco horas.

Com um grupo de 15 a 20 pessoas - a maioria turista brasileiros do Sul e Sudeste do Brasil -, os agentes se dirigem até a área da Manaus Moderna (dez minutos de caminhada saindo do Porto) onde as pessoas são acomodadas na lancha.

O primeiro ponto turístico é o próprio rio Negro. Nas águas escuras o turista passeia pela orla de Manaus. Após cerca de 30 minutos, chega-se a uma das mais belas paisagens do mundo: o Encontro das Águas.

No local, onde as águas do rio Solimões (barrentas) se encontram com as águas do Negro, o turista pode tirar fotos da paisagem iluminada pelo sol radiante da região. O encontro dos dois dá origem ao rio Amazonas, o maior do mundo em extensão e profundidade. A visita dura em média 15 minutos.

O passeio segue para a comunidade do Catalão. Lá, as casas de madeiras são flutuantes e os rios se tornam ruas onde o principal meio de transporte são as pequenas embarcações canoas ou lanchas do tipo voadeiras.

Voltando pela margem direita do rio Negro – Manaus está localizada a margem esquerda – chega-se ao Lago do Janauari, na qual o turista caminha por passarelas suspensas, entre árvores gigantescas, onde pequenos macacos pulam de galho em galhos saudando os visitantes até chegar a um lago repleto de vitórias-régias - lendárias plantas com folhas de até dois metros de diâmetros.

No local há ainda um restaurante e uma belíssima feira de artesanatos com bijuterias feitas de sementes de frutos, penas e outros materiais regionais como cipó e madeiras. Os preços variam e os produtos podem ser comprados para serem guardados como lembrança do contato memorável com a natureza.

Saindo do lago, o passeio segue para o Parque da Sumaúma, parando antes em uma pequena vila onde uma família já aguarda a aproximação da embarcação, com jacarés, cobras jibóias (com mais de dois metros) e bichos preguiças. Para ajudá-los a manter os animais, o turista que quiser tirar foto precisa realizar uma doação.

Com o passeio se aproximando do fim, o turista pode conhecer a Sumaúma, a maior árvore da Floresta Amazônica. Para chegar até o local é preciso andar por uma trilha cerca de 20 minutos. Quem não quiser se aventurar pode aguardar no bar flutuante ou mesmo no barco.

Com constante mudança de temperatura é possível que o turista inicie o passeio sob um calor de 40º e durante as cinco horas a temperatura caia e a chuva chegue. Em dias de sol o passeio é simplesmente maravilho e inesquecível, mas, estando as águas do rio agitadas com a força da chuva, o programa não é recomendável, pois as embarcações geralmente são pequenas, e as trilhas, pontes e demais paisagens se tornam de difícil acesso. O que não impede a beleza da natureza de se revelar a um passo de Manaus.

Após quase cinco horas de passeio, hora de voltar para a cidade. Se a saída de Manaus foi feita no início da tarde, o retorno é ainda mais gratificante com o belíssimo pôr-do-sol avistado sobre as águas do rio Negro.