Eternamente agora

sábado, 14 de maio de 2011




Persigo a lembrança do teu rosto moreno
por entre outros rostos
que não me importam tanto
e imagino o teu largo sorriso de mulher
em uma pessoa qualquer
mas não encontro.

Não encontro, mesmo,
o brilho que procuro
pra encher de luz minhas pupilas
e iluminar meus pés
nas perigosas trilhas
que percorro em pensamento.

Tenho vivido no anseio
de satisfazer minha saudade
nos poucos momentos em que te vejo.
Mas já não basta apenas o intento
de te querer o tanto que imagino.

O que apraz mesmo é o encanto
de poder ficar um pouco mais
simplesmente calado, ao teu lado
sentindo o teu cheiro
e passando a mão no teu cabelo.

Coisas bem simples assim
que me enchem de coisas boas
ao ponto de me fazer querer
gritar o teu nome e te dizer
o tamanho do amor que trago comigo
pois já não te quero só por um instante
mas pra sempre, como agora,
mesmo que esta eternidade
dure apenas uma hora!

Augusto Vieira*

* O autor desta poesia possui mais 200 reunidas em um livro que aguarda um patrocínio para ser publicado. Quem puder e quiser ajudar é só entrar em contato aqui pelo blog mesmo.